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  • Foto do escritorDaniela Martins

Cobertura de mamografia no Brasil não chega a 25%


Dados preocupantes da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia apontam que o percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres da faixa etária entre 50 e 69 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o menor dos últimos cinco anos. Das 11,5 milhões de mamografias esperadas, foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


A mamografia é fundamental na prevenção do câncer de mama. “O exame tem a função principal de detectar a doença ainda em fase inicial para que seja possível iniciar o tratamento logo em seguida. Dessa forma, as chances de cura aumentam consideravelmente e os impactos da doença são minimizados”, explica o radiologista Dr. Ricardo Pellizzon.


O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, corresponde a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, são cerca de 60 mil novos casos anuais. “É importante ressaltar que a mamografia é um exame fundamental, e não deve ser substituído pelo ultrassom ou pelo autoexame, que são essenciais para a prevenção do câncer de mama”, completa o especialista.


De forma geral, a indicação é que seja feita a mamografia na prevenção do câncer de mama anualmente para mulheres a partir dos 40 anos ou aquelas que apresentam história da doença na família. Exames complementares como ultrassom ou ressonância das mamas também podem solicitados pelo médico. “Vale ressaltar que quando descoberta no início, a doença tem 95% de chance de cura. Vários estudos têm confirmado a importância da mamografia na redução da mortalidade pelo câncer de mama”, ressalta.


Estamos no Outubro Rosa, movimento que nasceu na década de 1990 e tem como objetivo compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. “É importante desmistificar algumas informações como por exemplo de que apenas pessoas com histórico de câncer de mama na família podem ter a doença; as mulheres que não têm ocorrência familiar também podem ser acometidas pela patologia. Além disso, outra notícias falsa é de que a mamografia expõe a paciente a riscos. Pelo contrário, já que em pequenas doses, a exposição à radiação não oferece riscos à saúde e a mamografia é a principal arma na detecção precoce da doença. Portanto, as mulheres que ainda não fizeram seus exames anuais devem procurar um médico e agendar sua mamografia. Prevenir é a melhor forma de viver com saúde”, finaliza.

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